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Arrasto (Parte I - Arrasto Parasita)

Olá senhores e senhoras, nesse post aprenderemos um pouco a respeito do arrasto, força a qual poderá causar maior queima de combustível da nossa aeronave, menor eficiência aerodinâmica, maior aquecimento por atrito com superfícies da aeronave, entre outras coisas...

Aumentem a potência do motor e bora vencer essa resistência ao avanço! Nhhaaauuuu


O arrasto é uma força que faz resistência ao movimento de um objeto sólido através de um fluido (ar).

Podemos dizer que o nosso arrasto total é a somatória entre o arrasto parasita e arrasto induzido. Mas o que são esses arrastos?! Ok, vamos lá...


Parasite Drag (Arrasto Parasita)

- Força de arrasto que não está associada com a produção de sustentação. Ou seja, não ocorre com a extensão de nossos flaps ou aumento do nosso ângulo de ataque, por exemplo.

Esse tipo de arrasto pode ser divido pelas seguintes categorias:

Form Drag: arrasto gerado pela superfície da aeronave devido ao seu formato e fluxo de ar sobre ela. Exemplos: Antenas, formato aerodinâmico de componentes externos, capota do motor, etc...

Pela figura acima podemos notar que quanto menos eficiente for o meu formato aerodinâmico, maior será o arrasto parasita.


Interference Drag: arrasto que ocorre na interseção de dois pontos distintos, como por exemplo na junção entre a fuselagem e asa da aeronave. Pense, existe um fluxo de ar correndo sobre a minha fuselagem e um fluxo correndo em minhas asas... pois bem, quando eles colidem causará uma perturbação no encontro desses dois fluxos. Por isso são utilizados fairings (carenagem) com formatos mais suaves, com melhor eficiência aerodinâmica, justamente para reduzir esse efeito.



Podemos ver que junções com menor ângulo entre si irão criar maior arrasto em relação a junções com maior ângulo relativo.


Skin friction Drag: resistência aerodinâmica devido o contato o atrito do ar em movimento com a superfície da aeronave.

As moléculas de ar que estão em contato direto com a superfície da asa são mais lentas em relação as moléculas mais afastadas da superfície, pois as mais afastadas não tem contato direto com a superfície, ou seja, elas fluem com maior facilidade.

Para evitar esse tipo de arrasto, os engenheiros projetam a asa da aeronave para que ela seja mais lisa possível (uso de rebites embutidos, evitam qualquer irregularidade nas superfícies, etc).


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Eu sou o Júlio Cesar, instrutor de voo com certificações FAA e ANAC, e, acima de tudo, um apaixonado pela aviação. Acredito que o amor que tenho por este universo vasto e fascinante precisa ser compartilhado com todos aqueles que, assim como eu, veem o céu como um campo infinito de possibilidades.

Este o nosso espaço para dividir conhecimentos, dicas, experiências e, claro, muita paixão pela aviação. Se você está começando sua jornada para se tornar piloto ou simplesmente adora o universo aeronáutico, você está no lugar certo! Aqui, vamos explorar juntos temas técnicos, curiosidades e muito mais, tudo voltado para quem busca crescer no mundo da aviação.

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